Distribuidora: Focus Features
Produtoras:
Working Title Films
Diretor: James Marsh
Orçamento: $15M
Ano de Lançamento: 2014
Biografia? Ninguém tem direito de reclamar de
spoilers!
Meu
único arrependimento em relação a esse filme foi de não tê-lo visto antes.
Apesar de ser um pouco arrastado, o filme passa uma mensagem forte e conta atuações convincentes. Alias o Eddie Redmayne já merecia o Oscar com 20 minutos de filme.
O filme conta a relação do renomado físico
e cosmólogo Stephen Hawking (Eddie Redmayne) com a sua primeira esposa Jane
Wilde (Felicity Jones). A atuação de ambos é algo digno de aplausos, como
citado acima, a estatueta de melhor ator no Oscar para o Eddie foi extremamente
merecida e a Felicity também tem uma atuação muito forte e convincente.
O filme também mostra a relação
entre Hawking e o seu orientador em Cambridge Dennis Sciama (David Thewlis) que
se tornaram amigos na época da orientação de Hawking até a morte de Dennis em 1999, não mostrada no filme.
Hawking ainda não tinha desenvolvido
sua doença nos primeiros momentos de sua vida acadêmica em Cambridge, tanto que
ele era um garoto comum, apesar de ser um pouco desajeitado, mas possuidor de
amigos como Brian (Harry Lloyd).
Hawking conhece Jane numa festa e a
partir desse momento já se apaixona por ela e tenta se aproximar dela aos
poucos, chamando-a para sair e fazer programas juntos. Até que eles finalmente
se beijaram no baile da faculdade.
Porém a vida traria uma surpresa
traiçoeira para Hawking e ele desenvolveu Esclerose Lateral Amiotrófica, cujo
diagnóstico na época não era nada alentador, Hawking provavelmente teria no
máximo dois anos de vida, ele tinha apenas 21 anos na época.
Hawking foi mais forte que a doença,
casou com Jane e teve três filhos. A evolução do estado de saúde de
Hawking foi mostrado durante todo o filme, desde os estágios iniciais com a
perda de equilíbrio e a dificuldade de realizar certas tarefas, a perda da
capacidade de andar e movimentar seus membros e o momento que ele precisou
realizar uma traqueostomia por conta de uma pneumonia que ele havia adquirido e
por conta disso perdeu a capacidade de falar.
Nesse momento do filme Jane já havia
conhecido Jonathan (Charlie Cox). (É a primeira vez que faço isso aqui, mas é
impossível não citar a atuação de Charlie como Matt Murdock na série Demolidor
da Netflix, caso não tenha assistido, assista, uma das melhores séries dos
últimos tempos). Jonathan era maestro de uma igreja, vale salientar nesse
momento que Jane era religiosa enquanto Hawking é ateu. Jonathan passou ajudar
Jane nos cuidados de Hawking, se tornando um grande amigo da família.
O filme também mostra a separação do
Hawking e Jane, ela já estava tendo um caso com Jonathan que foi bem atenuado
no filme, e o inicio da relação de Hawking com uma de suas enfermeiras Elaine
Mason (Maxine Peake).
Além disso, o filme também mostrou
parte do processo da criação de Uma Breve História do Tempo, o livro mais
famoso de Hawking.
Vou fazer alguns adendos em relação à
história real de Hawking e o filme. Primeiro de tudo na vida real ele já
conheceu a Jane sabendo que tinha a doença e ela era amiga de sua irmã, algo
que não ocorre no filme. No filme ele conhece a Jane antes de saber que tinha a
doença. Segundo Jane traiu Hawking com Jonathan por um bom tempo e Hawking
tinha conhecimento disso, mas no filme isso foi extremamente suavizado. Não vou
citar aqui a relação conturbada que ele teve com a Elaine o que ocasionou a
separação de ambos nos anos 2000.
Uma característica que devemos
salientar no filme é a escolha de atores ingleses, Hawking é inglês, todos os
atores que citei nesse post são ingleses.
O filme mereceu concorrer ao Oscar
de melhor filme, mas careceu de uma melhor direção e fotografia além de um
roteiro mais forte para chegar ao panteão.
Avaliação: 81/100
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