Gênero: Biografia/Drama
Distribuidora: Paramount Pictures
Produtoras:
Cloud Eight Films
Celador Films
Harpo Films
Pathé
Plan B Entertainment
Diretor: Ava DuVernay
Orçamento: $20M
Ano de Lançamento: 2014
Biografia com spoilers? B.... Please!
Aqui
estamos com mais um dos filmes que concorriam à estatueta de Oscar de melhor
filme esse ano. E dentre os candidatos era um dos mais improváveis a levar o
prêmio, porém isso não significa que seja um filme ruim, muito pelo contrário,
é um excelente filme. Como sabemos Selma não levou tal estatueta, porém ganhou
pela outra categoria pelo qual estava concorrendo, melhor canção original. Quem
viu o Oscar desse ano sabe que a perfomance de Glory, a música vencedora, foi
de tirar o fôlego e marejar os olhos alheios, por isso quebrarei o protocolo
nesse momento e colocar essa performance abaixo antes de começar a falar sobre
o filme em si:
Selma tem inicio com Martin Luther
King Jr (David Oyelowo)
ganhando o prêmio Nobel da Paz em 1964. Uma atuação muito forte e muito fiel que David fez para o que Martin representou dentro da história. Acredito que eu não precise explicar quem foi e o que fez Martin, o
Google está ai para isso ou a Wikipédia.
Martin tinha sérios problemas
familiares e financeiros, devido ao excesso de viagens e pelos gastos que sua luta
demandava, mas sua esposa Coretta Scott King (Carmen Ejogo) o apoiava nas mais
diversas batalhas.
A grande trama de Selma tem inicio
quando Annie Lee Cooper (Oprah Winfrey) tem seu registro de voto negado na
cidade de Selma no Alabama. Luther vai até a cidade lutar pelos direitos dos
negros ao voto, que já era garantido na federalmente, mas não com força
suficiente para que os estados e cidades não impedissem os registros de negros.
Enquanto isso Martin negociava em
Washington com o Presidente Lyndon B. Johnson (Tom Wilkinson) a ampliação dos
direitos dos negros dentro dos Estados Unidos.
Martin então vai para Selma lutar
pelo direito ao voto dos cidadãos negros daquela cidade e do estado do Alabama.
Já que o governador do estado George Wallace (Tim Roth) era totalmente contra
aos direitos dos negros, um típico sulista norte americano da época.
Então se inicia toda a luta,
pacifica, diga se de passagem, pelos direitos dos negros. Tanto que Martin e
Malcolm X (Nigel Thatch) tinham sérias divergências de como conseguir que os
direitos dos negros fossem respeitados.
Vários eventos foram ocorrendo ao
longo do filme no qual não irei citar em detalhes, como o assassinato de Jimmie
Lee Jackson (Keith Stanfield) pela polícia, as passeatas dentro da cidade de
Selma, as negociações como presidente Johnson, e a vida pessoal de Martin.
É decidido então que eles fariam uma
passeata de Selma até Montgomery, capital do Alabama, porém o presidente era
contra isso por conta do momento político, devemos lembrar que o USA estava no
Vietnã guerreando.
George Wallace resistia a dar os
devidos direitos aos negros como podia, incitando a violência contra os mesmos,
porém isso se mostrou uma decisão equivocada no momento da primeira tentativa
da passeata Selma-Montgomery. Os companheiros de Martin lideraram a primeira
passeata de forma pacifica, pois Martin estava resolvendo problemas familiares
e não pode participar, porém no momento que eles foram passar pela ponte Edmund
Pettus foram impedidos pelas forças policiais que utilizaram de força
desproporcional sobre a população que apenas fugia e se protegia. A grande
questão ai é que tal ação foi transmitida ao vivo por todos USA.
É óbvio que tal fato gerou um apelo
muito grande dentro das pessoas no USA, tanto que não apenas negros, mas também
brancos foram até Selma apoiar o movimento. A segunda tentativa foi enigmática,
com Martin liderando, porém desistindo, imaginando que fosse uma armadilha o
fato das forças policiais derem passagem a eles sem conflitos. Outra guinada a
favor do movimento foi o assassinato de James Reeb (Jeremy Strong) por
segregacionistas. Fred Gray (Cuba Gooding Jr.) consegue então na justiça o
direito deles realizarem a marcha sem que as forças do estado do Alabama impeça.
O filme então termina com o discurso
de Martin em Montgomery e do presidente Johnson em Washington impedindo que
haja restrições ao voto dentro dos USA, através de um projeto de lei que havia
sido encaminhado ao congresso.
O interessante é que ao longo do filme
foram mostrados certos acontecimentos registrados, como ligações e eventos nos
horários que tais fatos ocorreram 50 anos atrás. Além disso, no final do filme,
eles mostraram um resumo de como foi a vida posterior dos principais
personagens de toda essa trama.
Se você gosta de história Selma é um
filme que você precisa ver, apesar de ser um pouco arrastado em certos momentos. De fato não merecia a estatueta de Oscar de
melhor filme, mas isso não tira os méritos nem a qualidade do mesmo.
Avaliação: 79/100
Nenhum comentário:
Postar um comentário