30 de maio de 2015

San Andreas (Terremoto: A Falha de San Andreas)




Gênero: Ação/Thriller
Distribuidora: Warner Bros.
Produtoras:
Warner Bros.
Village Roadshow Pictures
New Line Cinema
Flynn Picture Company
Diretor: Brad Peyton
Orçamento: $100M
Ano de Lançamento: 2015


Dessa vez terei que tomar cuidado com os spoilers, pois poucas pessoas devem ter visto esse filme até o momento.

San Andreas é aquilo que você espera quando decide vê-lo, um filme regular, com cenas de ação impossíveis ou às vezes beirando o impossível, somado a um roteiro amaciado para o grande público.

Uma das grandes virtudes do filme é que a sua premissa sobre a falha de San Andreas é realmente válida. Existem 99% de chances de nos próximos 30 anos a Califórnia ser atingida por um forte terremoto. Mas como em Hollywood tudo é exagerado, algumas coisas não são factíveis com a realidade. Caso você deseja saber mais sobre a falha de San Andreas deixarei dois links: Falha de San Andreas e A Seismologist reviews 'San Andreas'

Ray (Dwayne Johnson) trabalha num helicóptero resgatando pessoas em extremo perigo, porém a sua vida pessoal está totalmente bagunçada com a separação da mulher e a descoberta que ela vai morar com o novo namorado. Além disso, ele também está tendo que lidar com a morte de uma das filhas deles. É preciso salientar que o Dwayne faz um trabalho muito competente nesse filme.

Emma (Carla Gugino) é a ex-esposa de Ray, que agora está se relacionando com Daniel (Ioan Gruffudd) um construtor extremamente rico e egoísta. Ray salva Emma logo no começo dos tremores, e eles vão juntos tentar salvar a filha deles em San Francisco. Infelizmente Carla não faz um papel convincente assim como Dwayne o faz.

Existe uma demora demasiada até que a trama principal do filme se inicie. Que são os fortes terremotos causados pela falha de San Andreas, e o resgate de Blake, a filha de Ray e Emma.

Ah Blake (Alexandra Daddario), eu sabia que já tinha visto esse rosto em algum lugar e a minha memória não falhou, Alexandra também interpreta Annabeth nos filmes de Percy Jackson, apesar dos filmes não serem um primor de qualidade os livros valem a pena serem lidos. Blake é simplesmente fantástica, é realmente complicado adjetiva-la. No inicio do filme ela foi para San Francisco com Daniel, porém ele a abandonou presa dentro de um carro após os primeiros tremores. Ela consegue ser salva pelos irmãos Ben (Hugo Johnstone-Burt) e Ollie (Art Parkinson) "Winter is Coming" que ela havia conhecido minutos antes no saguão do prédio.

Fica óbvio por tudo aquilo que já escrevi que Daniel morreria no filme, alias ele morre na cena que estampa a foto deste post. Uma das melhores cenas do filme, senão a melhor. CGI puro, mas tudo bem, pois a cena foi realmente empolgante.

 Além da trama principal, existe uma trama secundária com o professor Lawrence (Paul Giamatti) que descobre um método para prever os terremotos e consegue salvar milhares de pessoas ao conseguir alertar os moradores de San Francisco que haveria outros tremores e ainda mais violentos que o primeiro.

 Ray é um tipo de cara foda que esperamos que o Dwayne interprete, luta, salta de paraquedas, pilota avião e helicóptero, dirige carro e barco, faz resgates e deve saber fazer mais coisas. Ele não decepciona.

 A saga de Blake, Ben e Ollie também merece ser citada, depois de ser salva pelos irmãos, ela começa a guia-los para serem resgatados pelo seu pai. Ela sabe exatamente aonde ir, e quais ferramentas poderão utilizar nesse momento de caos.

 Além do terremoto temos também um tsunami, e a partir dele que vem a parte final do filme e algumas das cenas de maior impacto no filme, como o resgate de Blake por Ray. Extremamente previsível pela sua forma, mas o objetivo do filme não era fugir da previsibilidade.

San Andreas não tenta te enganar, esse é um ponto extremamente positivo, é um filme que sabe que não é um primor de roteiro e tenta compensar isso com boas cenas de ação. É um filme que vale a pena ser assistido se você quer ver cenas de ação impossíveis e se divertir no cinema ou na sua casa.

Alexandra Daddario rouba completamente a cena no filme, além da personagem ser fantástica, ela consegue ser mais incrível ainda. Eu já estava enrolando muito para assistir True Detective, mas agora que descobri que ela também está no elenco vou começar essa série neste fim de semana.

Avaliação: 66/100
 

Terremoto: A Falha de San Andreas (2015) on IMDb

27 de maio de 2015

Gravity (Gravidade)

Gênero: Sci-Fi/Thriller
Distribuidora: Warner Bros.
Produtoras:
Warner Bros.
Esperanto Filmoj
Heyday Films
Diretor: Alfonso Cuarón
Orçamento: $100M
Ano de Lançamento: 2013


Filme de 2013? Posso colocar a quantidade de spoilers que eu desejar.

            Apesar de ser o grande vencedor da cerimônia do Oscar do ano passado onde levou 7 estatuetas eu preciso confessar que Gravity foi de longe o pior filme que assisti nessa nova fase do blog iniciada agora em abril de 2015.

            A maior parte desses prêmios no Oscar foram de categorias técnicas, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição. Mas o filme também ganhou estatuetas em outras categorias como Melhor Fotografia, Melhor Diretor e Melhor Trilha Sonora.

            Não irei discutir os aspectos técnicos do filme, o filme realmente tem excelentes efeitos visuais, uma fotografia boa e um som louvável. Mas a estatueta de melhor diretor para o Alfonso Cuarón é algo muito discutível.

            Tentarei também não ser chato e não citar as dezenas de erros científicos que o filme possui. Apesar de que se você tiver a mínima noção de tais erros, eles irão consumi-lo do inicio ao fim do filme. Caso você não saiba os erros científicos do filme, clique aqui e mais aqui para conhecê-los.

            Agora vamos falar de uma das únicas coisas realmente boa no filme Matt Kowalski (George Clooney), Clooney interpretou seu personagem de maneira grandiosa fazendo com que você se importasse com a sua história e, além disso, alternar momentos leves e pesados durante a trama.

            Já a Ryan Stone (Sandra Bullock) tem muitos problemas. O personagem não transmite empatia alguma do começo ao fim do filme e isso é de se impressionar. Os únicos momentos que você considera gostar do personagem são quando a morte da filha dela é comentada no filme, pois de resto você torce para ela ir passear pelo espaço.

             Essa falta de empatia se deu no meu caso por conta dela ser extremamente inútil e incapaz de fazer coisas que seriam usuais para um astronauta, é diferente você ver um filme e já esperar que o personagem fosse como um Debi & Lóide, agora você assistir um Debi & Lóide em forma de astronauta destrói toda áurea dessa profissão. “Everydoby wants to be an astronaut”


            
               Além da Bullock e do Clooney temos o Ed Harris como controlador da missão em Houston, de resto não temos mais atores ou atrizes para citarmos do filme. Alias o filme é um grande monólogo da Bullock, na maior parte do filme ela é única presente na tela.

             É louvável que a Bullock tenha segurado o filme sozinha, ela realmente o fez com maestria, comprovando mais uma vez que é uma excelente atriz.     

              O problema maior do filme é que ele se tornou previsível do inicio ao fim. Ryan está fazendo alguma coisa, faz errado e acaba destruindo ou gerando um caos catastrófico. Isso acontece desde a primeira cena quando ela está tentando arrumar o painel de comunicação na estação espacial até a cena final do filme quando ela já está na terra e tentar nadar com a roupa de astronauta.

               O filme tem algumas cenas interessantes, e a principal delas, de longe é aquele em que a Ryan está na Soyuz, alias Ryan é um nome extremamente masculino para uma mulher, e ela está prestes de desistir e cometer um suicídio, pois estava sem combustível na nave e impossibilitada de ir até a estação espacial chinesa. Mas daí ela tem uma visão do Matt, que havia morrido, onde ele falava que pousar era igual a lançar, ou seja, ela precisaria acertar os comandos da nave para pouso que a nave seria lançada na direção que ela escolhesse.

            Confesso que demorei um pouco demais para ver esse filme, acho que eu já estava imaginando que não iria gostar do mesmo e acabei deixando-o em segundo plano, assim como estou fazendo com Boyhood.

            Gravidade consegue ser ainda pior se comparado com Interestelar que é um excelente filme. Sem a presença de Interstellar ele já não seria um filme bom, agora caso você coloque na conta Interstellar o resultado para Gravidade será ainda pior.

            O filme tem um timing adequado e não é extenso, se tivesse que assistir mais 10 minutos do filme esses seriam um dos minutos mais longos da história de todos os filmes que já assisti.

            Eu não posso fechar os olhos e negar que eu não tenha sido contaminado pelos erros científicos presentes no filme e o fato da Ryan ser extremamente inútil. Ambos os fatores fizeram com que eu ficasse com raiva do filme. Caso você consiga relevar esses fatores você conseguirá ter uma excelente experiência com um filme que tem efeitos especiais estonteantes e uma fotografia fantástica.

            Avaliação: 60/100

 
Gravidade (2013) on IMDb

23 de maio de 2015

Ex Machina

Gênero: Drama/Sci-Fi
Distribuidora: Universal Pictures
Produtoras:
DNA Films
Film4
Diretor: Alex Garland
Orçamento: $11M
Ano de Lançamento: 2015


O que é um spoiler? Eu deveria saber o que é um spoiler? Se eu te perguntasse, você saberia definir?

            Nada como começar a frase de alerta de spoiler falando sobre os jogos mentais que o filme propõe, não cheguei nem perto na frase em negrito acima, mas o processo de construção é similar. Ex Machina é o exemplo de filme que você precisa prestar atenção em todos os diálogos e movimentos de cada cena.

            O filme se inicia com Caleb (Domhnall Gleeson) ganhando um concurso para ir até a residência do seu chefe o bilionário Nathan (Oscar Isaac).

            Nathan é dono da maior empresa de busca pela internet, qualquer semelhança com o Google é mera coincidência, a Blue Book. Ele programou o código de busca da Blue Book aos 13 anos, construindo assim ao longo dos anos seu império.

            Caleb ao contrário do que imaginava não ganhou um concurso, mas sim escolhido por Nathan para realizar um teste. Nathan criou um ser de Inteligência Artificial, chamada Ava (Alicia Vikander), e precisava de Caleb para realizar um teste de Turing para determinar se Ava possuía consciência, ou seja, poderia passar por um ser humano.

            Estendendo um pouco mais sobre o teste de Turing, seria interessante se você visse ou tivesse visto The Imitation Game (O Jogo da Imitação) onde o Benedict Cumberbatch faz o papel de Alan Turing. Caso você não saiba o que é o teste de Turing clique aqui para entendê-lo melhor.

            Caleb então começa a encontrar com Ava para testá-la, mas ao contrário do teste de Turing original em que o interrogador humano não tinha contato visual com o interrogado, no caso do filme eles podiam se ver através de um vidro.

            Caleb começa então a criar empatia por Ava e mesmo sabendo que ela é um robô. E passa a ter certa obsessão por ela e a acreditar em tudo o que ela fala. Tanto que eles contam segredos nas horas que a energia do bunker cai e nesse momento Nathan não consegue mais vê-los. Ava revela pra Caleb que ela é a responsável pelas quedas de energia, lembre-se disso do começo ao fim do filme.
           
            Nathan possuía uma empregada um tanto quanto incomum chamada Kyoko (Sonoya Mizuno), que não fala nada, Nathan alegava que ela não sabia inglês, e apenas fazia as tarefas de casa e começava a tirar a roupa quando Nathan ou Caleb se aproximavam muito.

            Se você prestou atenção no diálogo que Nathan revela que Ava possuía a capacidade de transar por possuir estimuladores de prazer entre as pernas dela, e que a personalidade da Kyoko, não ficará surpreendido quando Caleb descobrir que Kyoko também era uma inteligência artificial e que possuía outras como ela dentro do guarda-roupa de Nathan.

            Não contarei os acontecimentos após Caleb descobrir esse segredo de Nathan, pois as mensagens dentro do filme fazem você imaginar o que acontecerá daqui pra frente no filme, mas para ajudar colocarei algumas características dos personagens principais.

            Caleb perdeu seus pais com 15 anos, era solteiro, programador e dotado de uma inteligência elevada. Nathan era um bilionário inteligente e possuía um grande poder manipulativo. Ava também possuía uma grande habilidade manipulativa e uma personalidade encantadora, é preciso salientar também que Ava era linda, sendo muito difícil dentro daquele ambiente não se apaixonar por ela.

            Todos os atores desempenharam seus papéis de maneira satisfatória, e a escolha da Alicia para Ava foi extremamente acertada, pois ela colaborou e muito para se criar a empatia que Ava precisava.

            Avaliação: 83/100


Ex Machina (2015) on IMDb