Gênero: Drama/Musical
Distribuidora: Sony Pictures Classic
Produtoras:
Bold Film
Blumhouse Productions
Right of Way Films
Diretor: Damien Chazelle
Orçamento: $3.3M
Ano de Lançamento: 2014
Deve ter spoilers mas não contará todo filme.
Whiplash é o tipo de filme que
provavelmente passaria despercebido se não tivesse ganhado alguns festivais ou
concorrido e ganhado algumas estatuetas no Oscar. Mas apesar disso Whiplash é
um excelente filme que merece ganhar toda a crítica positiva que tem recebido.
O filme ganhou três estatuetas no Oscar, e todas
elas totalmente merecidas: Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Mixagem de Som e
Melhor Edição. Quanto aos prêmios mais importantes pelo qual estava concorrendo
como melhor Roteiro Adaptado, na minha visão o roteiro do vencedor The
Imitation Game realmente é melhor do que o do Whiplash. Porém se elevarmos o
nível para o de Melhor Filme, Whiplash é mais filme que The Imitation Game e
Birdman, que apesar de ser um excelente filme tem provado que a estatueta que
levou de Oscar de melhor filme foi muito mais por uma questão da Academia
gostar de se enxergar dentro de um filme, assim como ocorreu com The Artist
anos atrás.
Whiplash mostra a relação entre
Andrew Neiman (Miles Teller), e o seu professor de Jazz, Terence Fletcher (J. K. Simmons). Fletcher busca a perfeição dos seus alunos fazendo com que eles passem dos limites, porém isso pode levar a consequências inimagináveis.
O grande sonho de Andrew é ser um baterista
aclamado de Jazz, por conta disso ele entra na melhor escola de música dos
Estados Unidos e consegue entrar na classe do seu ídolo Terence Fletcher, um
dos melhores da sua área.
Porém a relação de ambos nunca foi
tranquila, percebendo o potencial de Andrew, Fletcher sempre fazia com que ele
ultrapasse todos os limites e até mesmo perdesse a sua humanidade. O filme
mostra várias vezes Andrew sangrando e suando ao treinar com a sua bateria,
mostrando que ele estava ultrapassando todos os limites possíveis da sua
humanidade.
Andrew também abriu a mão de um
amor, Nicole (Melissa Benoist), para seguir atrás do seu sonho e a chance de
praticar ainda mais. Para ele Nicole seria uma distração naquele momento e ele
não queria ter nada que o fizesse perder o foco no seu grande objetivo.
Um dos momentos mais icônicos do filme
é no momento em que a banda no qual Andrew fazia parte iria tocar num festival em outra cidade. Ele acabou tendo um
problema com um ônibus e precisou alugar um carro, porém havia esquecido suas
baquetas na locadora de veículos, e precisou voltar para busca-las. Porém no caminho de volta o mesmo sofreu um acidente automobilístico e apesar
disso, ele vai até o local do festival tocar desarrumado e sangrando. Fletcher, sem nenhum resquício de humanidade, o expulsa da banda fazendo com que Andrew exploda de raiva e tente agredi-lo.
O pai de Andrew, Jim (Paul Reiser),
percebendo todo o estrago que Fletcher fez com o seu filho, propôs que eles
entrassem com uma ação contra ele para tira-lo da escola no qual lecionava, e
eles tiveram êxito na sua empreitada, pois um dos antigos alunos de Fletcher
havia cometido suicídio a pouco tempo por conta de toda a pressão que o mesmo
sofreu de Terence.
Não contarei o final do filme para
não perder toda a graça, mas os últimos 10 minutos devem ser não apenas vistos,
mas também ouvidos com toda a atenção possível. Além disso, ajuste o seu som para que ele tenha uma qualidade superior. Um final forte, simples, e que explica tudo aquilo que o filme contou,
sem muitos rodeios ou grandes explicações.
As atuações de J.K. Simmons e Miles Teller foram extremamente competentes e convincentes, sendo que o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante para o Simmons, como dito no inicio do texto, foi totalmente merecido.
Whiplash é um filme para ser visto
sem interrupções, por tanto guarde seu celular, feche seu Facebook, ou qualquer
outra coisa que possa atrapalhar sua concentração. Tanto Andrew quanto Fletcher
agradecerão pelo o foco que você disponibilizará.
Avaliação: 87/100